terça-feira, abril 04, 2006

o espinho




vai emergindo de uma greta na lápide do ontem

as águas do devir jorram na torrenteza do passado
por baixo das pontes que encimam a pujança do tempo

as névoas do meu futuro sublimaram-se e ficaram
empedernidas na teia da borucracia vibrante
qual caruncho alimentando-se da estrutura metálica do passível

os seres desfilam de lábio pendente e olhar estrábico
encaminhados por uma retórica crua e incolor
a caminho da ponte do esquecimento que vai dar a margem alguma

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