O frio arrefece-me os membros e o mal estar acentua-se.
Bolas, será que a temperatura desceu assim tanto ou é a quimera aburguesada que me aviva a consciência, para que não abandone o meu relativo conforto?
Consequentemente penso em multidões de sem abrigo, que tremem silenciosamente com expressões vidradas de tanto tiritar.
Na rádio, os acordes de um saxofone transmitem-me relativização QB.
Imagino as vitimas dos terremotos no Paquistão. Decerto alguem sobreviveu sob os escombros. Seres vivos encurralados... com frio... há vários dias... até que o limiar da percepção, o limbo da consciência se vá esbatendo, se dilua, até que o azul tome conta de tudo, ou pelo menos que a unificação universal chegue (ao que parece, é negra- o negro é a negação da cor, ou é o branco?).
Esta imagem sismica lembra-me a comemoração que cá se faz.
E se de facto a periodicidade se verificar agora e o fenómeno telúrico acontecer?- deve estar aí mais década menos década, não?
Cá não faz tanto frio como no Paquistão- cá é mais Serra da Estrela... comparada com os Himalaias... brrrrrrr.
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