da minha visão e (pre)conceitos analizo.
Apesar dos óptimismos dispersos, não há sustentabilidade que legitime os lindos olhares que se vislumbram, as cores que se combinam, os volumes que se pronunciam.
A poesia continua a ser aquela foice que faz cair os caules do convencionalismo e esventra as verdades mastigadas que vão escapando de lábios entreabertos...
Ah, e tal... porque o piso está molhado... mas corre-se como se se estivesse no pico solarengo de Julho. E o metal corta e penetra as carnes dos incautos apressados que tentam honrar compromissos... e contribuem assim para a estatistica.
Estatisticas e sondagens- pseudo realidades que nos abrem a mente e predispõem a verdade de modo percentual...
Está nevoeiro. Quando se dissipar, será que continua o que lá estava antes?- pessoas sem alma e sem esperança que acumularam ódios, vinganças e frustrações, que caminham dobradas sobre si mesmas ao peso de uma zanga que mantêm permanentemente com a vida?...
A chuva tamborila no tejadilho, entrecortada pela passagem do limpa-parabrisas. O rádio toca baixinho Ivan Lins, "Lembra de Mim?"
Um café sabia bem agora... não, um irish cofee quentinho era capaz de me fazer levitar...
Elementos de Particularidades em imagens, citações, insights, composições, pinturas... e o que demais virá
quinta-feira, janeiro 26, 2006
quarta-feira, janeiro 25, 2006
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Cìclico
Está a fazer um ano que iniciei cá o sitio.
Há um ano atrás era-se chamado, como agora, a exercer a democracia. Lembro-me de a ter posto em causa.
Após um ano, muita água passou debaixo das pontes, das quais nos debruçamos para ver a correnteza... foram enxurradas de mais do mesmo... fomos chicoteados pelos órgãos de informação por catadupas de escandaleiras que nos vão calcando a consciência, que incrédula, se tem vindo a acomodar ás enormidades que vão aparecendo.
Interrogo-me se a democracia é exequível neste país serôdio e sebastianista por natureza. Sobrevive-se em nome dela e vegeta-se em nome da economia de mercado, do neoliberalismo- olhando para o umbigo (saldo bancário), alheamo-nos da realidade circundante e fazemos fila periodicamente a caminho da... urna, já que á falta de melhor, é o sistema que nos é impingido e que democráticamente nos vai subvertendo... e me permite escrever coisas como esta.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
FRASE DO DIA
"Já que você nasce sem pedir e morre sem querer, aproveite bem esse intervalo."
who knows
who knows
quinta-feira, janeiro 05, 2006
A vida é curta
e tediosa: passa-se inteira no desejar. Adiam-se para o futuro o repouso e as alegrias, muitas vezes até à idade em que os melhores bens, a saúde e a juventude, já desapareceram. Essa época chega e ainda nos surpreende em meio a desejos; estamos nesse ponto quando a febre nos arrebata e extingue: caso nos curássemos, seria apenas para desejarmos por mais tempo.
Jean de La Bruyére, in 'Do Homem'
Jean de La Bruyére, in 'Do Homem'
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Algumas passagens
cá do blog, são extraidas de uma sebenta com que eu costumo andar, e me serve para assentar ideias que me assaltam.
É um caderno A4, quadriculado, que configura uma confusão imensa de comentários e lembretes. Quando escrevo, é numa folha á sorte, sem qualquer sentido de linearidade.
Li outro dia, que quem escreve em quadriculado é limitado a um nivel qualquer ou tem limitações de indole criativa...
Escolho as folhas pares aleatóriamente, sendo nelas que faço os rascunhos- o pensamento final é transposto para a folha impar anterior.
A certa altura dá barafunda. "A páginas tantas" tento por cobro á confusão, numerando a vermelho o que penso ser a ordem, e costuma resultar. Se bem que uma grande parte das ideias acaba por lá permanecer, como um puzzle, uma reconstituição mental, é a escrita que tento refinar quando as transponho p'ráqui
domingo, janeiro 01, 2006
Aì está 2006, que
desabou sobre mim como é costume- a cadência espectante dos últimos segundos, a contagem em unissono que descamba no ruído da abertura das garrafas de espumante ("Ah! podias ter trazido Moet..."). A sequência de beijos, a constatação de que se chegou vivo a este lado de cá do calendário novo, os abraços de conforto entremeados pelo som de sms ... ("Se fosse Moet...") ... a caça a determinado olhar que està distante... as doze passas, que por falta de sincronia se comem todas nos três últimos segundos do ano que finda... "Não t'esqueças do desejo de ano novo; se fosse Moet...". Às duas e meia a pergunta- já te vais? obrigações, pois. Novamente a vida em contra mão... adeus, tenho de ir, creio que já misturei muito... mousse? pergunta-me o olhar que afinal me caçou- brigado...
"Money for nothing" tocava quando fechei a porta atrás de mim- 2006 estava mais frio do que o ano anterior.
Subscrever:
Mensagens (Atom)